Nascido a 6 de Fevereiro de1986

Os primeiros registos fotográficos da sua participação nos espectáculos do Celg datam de fins de 1988, mesmo antes de completar os três anos, idade em que normalmente se começa o desbaste de um poldro.

Foram muitos os espectáculos em que participou, do sul ao norte do país:

Silves 89

Lagoa “ Fatacil”89

Vilamoura “ Estalagem da Cegonha” 89/90

Beja “Ovibeja” 91/92

Évora “ Cavalos e Fado” 92

Vimiero “ Campeonato Mundial da Ravasqueira” 92

Castelo de Vide “ Povoas e Meadas” 93

Cascais “ As noites do Fado” 89/90/91

Oeiras “ Gala nocturna dia mundial do turismo” 93

Lisboa – dezena de apresentações desde 89 até à sua ultima apresentação na Praça do Comércio em Junho de 94

Sintra “ Penha Longa”

Loures “ Correio Mor”

Coimbra “ Escola agrária”

Figueira da Foz

Aveiro “ Jumping Internacional”

Braga “ Jumping Internacional”

Viseu

Todas as feiras e certames de maior renome que fazem parte do calendário Hípico Nacional etc, é difícil enumerá-los…nomeadamente Feira da Golegã, campeonatos de Lisboa, Santarém…

Centenas de espectáculos em casa, quer para leigos ou profissionais, visitantes de todas as nacionalidades, altos cargos ou simples amigos do cavalo, a todos agradava.

A primeira apresentação no estrangeiro foi em Dezembro de 1991 em Bordéus durante o Jumping Internacional com duas exibições diárias.

1991 – Bordéus – Taça Volvo

Dezembro

1992 – Paris – Salão Nac. Agricultura

Março

Salamanca – 1ª Féria Ganadera

Junho

Birmingham – Royal Show

Julho

Arles – Arenas Romanas

Agosto

Béziers – Festas da cidade

Agosto

Ávila – Féria Ganadera

Piedrahita

Agosto

1993 – Foi o ano mais movimentado a nível nacional

Participou em todas as galas, jumpings, feiras e no centro foi sempre uma presença constante.

É o Sultão diziam os leigos, os que já o tinham visto actuar ou por cá passado!

É o filho do Sultão, diziam outros tantos!

 

Deixem-nos pensar!

Quem podia imaginar?

 

1994 – Maio – Saiu em todos os cartazes em tamanho natural nas principais cidades da Alemanha onde iria decorrer a Tournée que ficou adiada para a próxima primavera.

Junho – Cheval Prestige

Tarascon

Julho – Birmingham

Royal Show

Julho – Les St. Maries de La Mer

Julho – Tarbes (Ultima apresentação no Estrangeiro)

30 de Julho de 1994 – 13.30 Horas Ultima Gala Top-Tours

 

 

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“ O centro equestre da Lezia Grande, terminou uma longa viagem por vários países da Europa onde apresentou, com um grupo composto por oito dos seus cavalos de alta escola e doze cavaleiros, um espectáculo equestre, divulgador da capacidade do cavalo lusitano como cavalo e ensino e da cultura equestre, á qual o cavaleiros portugueses tanto se tem dedicado.

Assim, iniciou-se a digressão em Junho em França, na cidade de Tarscon com uma manifestação equestre denominada Cheval Prestige tendo este centro sido convidado de honra em representação da equitação portuguesa.

Seguiu-se Inglaterra, no Royal Show em Conventry, a convite da associação central de agricultura, onde durante os cinco dias deste certame o cavalo lusitano foi o chamariz para o pavilhão de Portugal, num país em que a tradição equestre é tão cultivada, os nossos representantes foram motivo de ponto de encontro durante as várias exibições diárias que se levaram a efeito.

Regressou-se a França, ás áreas de Stes. Maries de La Mer, integrado nas festas bem famosas desta estância balnear em que uma das galas organizadas foi inteiramente dedicada a Portugal.

Do Mediterrâneo, seguiram os cavalos para a costa Atlântica para uma demonstração de tão nobre arte na cidade de Dax, famosa pelas suas termas.

Depois de um curto regresso a casa voltaram a França onde a convite do Turismo da Cidade de Tarbes, cidade de grandes tradições equestres, onde se encontra um dos principais centros de cria e reprodução cavalar em França, uma cidade jardim onde os cavalos e os nossos cavaleiros durante dois dias encantaram um numeroso público bem atento.

A crítica francesa é bem explicita na apreciação desta arte viva onde o cavalo lusitano é o principal protagonista.

Finalmente a 14 de Agosto, na Vi Feria del Caballo em Piedrahita – Ávila, em Espanha, fez-se a ultima demonstração, a segunda levada a efeito neste certame pois em 1992 já tínhamos tido o grato prazer de ser os convidados de honra

Foram 10.000 Kms percorridos com cavalos e quase outros tantos percorridos pela maioria dos cavaleiros.

Algumas fadigas para os cavalos bem como para os cavaleiros mas no final, mereceu a pena.

Foram excelentes os resultados; os aplausos, o carinho, o interesse demonstrado, deixam o centro mais uma vez orgulhoso por mais uma vez ter levado a cabo a divulgação de uma arte e cultura tão viva do nosso povo.

A ensombrar esta digressão uma grande nota de pesar!

A perda de um dos nossos cavalos!

Quando regressaram a casa no intervalo dos espectáculos, deu-se-lhe o merecido descanso.

Havia outro grupo a trabalhar, os viajantes ficaram a descansar, mas, no dia 30 de Julho como o grupo era importante lá foi de novo o EPA a estrela da tarde. Foi brilhante, como sempre! Mas, sem qualquer motivo aparente rebolou-se. De satisfação? De dor? Quem sabe??

Veio-lhe uma cólica. Estamos no terceiro mundo! Cólicas de torção! Nada a fazer! È esperar e vê-lo sofrer.

Tudo se fez. Foram 24 horas sempre em movimento. Montaram-se turnos. Aliviou-se-lhe as dores. Fez-se-lhe companhia. Aguentou até ao último minuto.

Fez-se-lhe um túmulo. Vai ter a sua homenagem!

Somos os melhores… temos os melhores cavalos o mundo…somos os melhores nas lides de toureio e de alta escola e, …de que nos vale tanta ciência…tanta arte se somos impotentes para os tratar? Há uma sala de operações mas para quê? Nunca foi precisa. Nem esterilizada está.

O EPA, que apesar dos seus escassos oito anos era uma peça chave em qualquer organização que levássemos a efeito. Era no: - Pas de Deux – Solista Principal – Rédeas Longas –Ares altos: Exímio no trabalho de Piaffer /Passage/ Piaffer terminando numa magnífica pousada, representada na maioria dos programas e posters do nosso cento – magnífico no seu trabalho de galope, sempre dócil, nunca perdendo cadência; todas as passagens de mão fazia, era só pedir-lhas. Até a um tempo fazia – no carrossel era uma presença constante e no final também já o Break-Dance fazia.

Foi uma grande perda para o meio hípico português.

Foi-a para o centro. Mas maior foi a tristeza e saudade que deixa à sua dona. Amigos inseparáveis, foi ela que desde os seus dois anos e meio tudo lhe ensinou. Ela ensinou-o, ele aprendeu, mas foram ambos professores!

Foram cinco anos de mútuo entendimento.

Muitos o montaram. Muitos o apresentaram. Ele sempre cumpriu mas ficava sempre confuso. Faltava-lhe a dona, a sua amiga que tantos mimos lhe fazia, tantas carícias lhe dava.

Deixa-nos lindas vitórias e honrarias. Memórias inesquecíveis, registos que perdurarão ao longo dos tempos…”